CONSELHO

OUVIDORIA MUNICIPAL DE SAÚDE - 0800 283 1219

Papel e composição

O Conselho de Saúde é um órgão colegiado, de caráter permanente e deliberativo. Por isso deve funcionar e tomar decisões regularmente, acompanhando a execução da política de saúde e propondo correções e aperfeiçoamentos em seus rumos.

A Lei 8.142/90, que dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS, define, no parágrafo primeiro, artigo segundo, o papel dos Conselhos:

- Atuar na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde, incluídos os aspectos econômicos e financeiros.

A Lei também é clara quanto à forma de composição dos Conselhos. Em primeiro lugar, garante a representação dos seguintes segmentos: governo, prestadores de serviços, profissionais de saúde e usuários. Em seguida, define a paridade da composição de usuários em relação aos demais segmentos. Isto significa que 50% do número total de conselheiros será de representantes dos usuários enquanto que os outros 50% será de representantes dos demais segmentos. Neste caso, o Conselho Nacional de Saúde recomenda que as vagas sejam distribuídas da seguinte maneira: 25% para trabalhadores de saúde e 25% para prestadores de serviços públicos e privados. Os conselheiros representantes dos usuários devem ser indicados pelas entidades ou movimentos a que pertencem, mediante ampla discussão interna ou com outras entidades e movimentos afins quando há concorrência para ocupação das vagas, geralmente definidas em Plenárias Populares. Mas para que um Conselho funcione adequadamente, algumas condições são necessárias, além das previstas pela Lei. É fundamental, por exemplo, que o Conselho seja REPRESENTATIVO e tenha LEGITIMIDADE.

CALENDÁRIO

CALENDARIO DE REUNIÕES ORDINÁRIAS DO CMS/UBÁ-MG.

ANO/2012

REUNIÕES ORDINÁRIAS PLENARIA DO CMS/UBÁ-MG.

PLENARIA

PLENARIA

PLENARIA

PLENARIA

PLENARIA

PLENARIA

JANEIRO

FEVEREIRO

MARÇO

ABRIL

MAIO

JUNHO

10

14

13

10

08

12

Reunião da mesa

Reunião da mesa

Reunião da mesa

Reunião da mesa

Reunião da mesa

Reunião da mesa

09

07

06

03

02

05

PLENARIA

PLENARIA

PLENARIA

PLENARIA

PLENARIA

PLENARIA

JULHO

AGOSTO

SETEMBRO

OUTUBRO

NOVEMBRO

DEZEMBRO

10

14

11

09

13

11

Reunião da mesa

Reunião da mesa

Reunião da mesa

Reunião da mesa

Reunião da mesa

Reunião da mesa

03

07

04

02

06

04



Conselheiros (as) o local das reuniões do Conselho Municipal de Saúde de Ubá-MG sempre será no salão vermelho da prefeitura, com inicio as 19h00min, mesmo se você não receber a convocação observem as datas e compareça na reunião. Qualquer mudança de data a mesa informará a todos. Em caso de impedimento do titular em participar é de sua responsabilidade informar seu suplente, solicitamos ainda que os suplentes participem de todas as reuniões para que possam acompanhar os assuntos discutidos na plenária, isso lhe dará mais clareza em caso de votação. Pedimos a gentileza de obedecerem ao horário estipulado para o inicio da reunião. Solicitamos que a justificativa seja feita por escrito à mesa do Conselho Municipal de Saúde de Ubá-MG. Perderá o mandato o conselheiro que não comparecer a três reuniões consecutivas ou a cinco alternadas sem justificativa aceita pelo Conselho Municipal de Saúde de Ubá-MG.

MENSAGEM

“Não é, porém, a esperança um cruzar de braços e esperar. Movo-me na esperança enquanto luto e, se luto com esperança, espero.”

(Paulo Freire)

CARTILHAS

CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE DE UBÁ-MG.

Minha foto
Ubá, Minas Gerais, Brazil
Sandra Regina da S. Kilesse (Presidente) Jose Geraldo Faria (Vice Presidente) Agnaldo Vale da Silva (Secretário de plenário) Oswaldo Elias Lima (Relações públicas)

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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

SUS cada vez mais distante dos usuários

        Conselheiros de Saúde de todo o país receberam um “tapa-boca” com a notícia veiculada na quarta-feira, 16, em que o Ministro da Saúde Alexandre Padilha teria sido eleito novo presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS). A vitória de Padilha representou a derrancada dos usuários e trabalhadores da saúde, no que concerne a fiscalizar a atuação governista no setor.

       Apesar de sua escolha ser legítima, foi o mesmo que colocar “o bezerro para tomar conta do leite”. Depois de anos de espera para que a mesa diretora fosse escolhida por votação e não como acontecia antes de 2007, época em que o Ministro da Saúde exercia sua função com o direito de presidir o CNS e a mesa diretora. Os usuários e trabalhadores se deparam com a perda do comando do principal órgão de controle do Sistema Único de Saúde (SUS), ocupado até então pelo farmacêutico Francisco Batista Júnior.
     O que causa maior estranheza no acontecimento, é a mesa diretora e o presidente do CNS serem os responsáveis por dialogarem com o Ministério. Será que o Padilha vai ficar se “narcisando” em frente ao espelho e vai negociar com ele mesmo? Ou milagrosamente vai assumir uma segunda personalidade, como no filme (Clube da Luta), em que Norton fica discutindo com Pitt, mas Norton não sabe que os dois são a mesma pessoa.
     Com esse impasse entre Mr. Hyde e Dr. Jekyll, já que, como no conto literário o ministro conseguiu a fórmula para chegar ao resultado esperado, e a planta milagrosa utilizada desta vez foi a democracia. Porém, no conto o médico perde o controle da situação, situação essa que o Dr. Jekyll acreditasse estar sob seu domínio.
     Entretanto, não é de se estranhar a idéia de fiscalizar a si mesmo, isso já foi testado no sistema carcerário, onde os próprios detentos cuidam da unidade carcerária e tem se mostrado como uma revolução no sistema prisional brasileiro. O método vem fazendo tanto sucesso que o governo deve adaptar um procedimento parecido para a fiscalização pública e a melhor área para ser experimentada é a saúde.
     O mais impressionante é ver os problemas enfrentados nos hospitais espalhados pelo país. O tema que envolve a infra-estrutura dessas unidades virou pauta obrigatória nos meios de comunicação. Não raro, o noticiário apresenta hospitais tidos como referência em situações calamitosas e usuários pedindo por socorro.
     O conceito de universalização do SUS é nobre, porém ilustre demais para ser exercida na prática. Usuários criticam a falta de atendimento, médicos e demais trabalhadores estão insatisfeitos com a remuneração e condições de trabalho, as empresas prestadoras de serviço reclamam que os recursos repassados não são suficientes e os gestores principalmente os municipais se justificam no fato dos investimentos no setor consumirem boa parte dos recursos públicos.
     Se existe investimento, o problema do SUS vai muito além da insuficiência de dinheiro, na realidade parece que falta vontade política. Em se tratando de saúde e considerando que a política assistencialista é uma das melhores apostas para se conseguir votos, esse quadro deve persistir em longo prazo.
     A pequena parte da população que consegue pagar até chega a ser atendida, quando o plano de saúde decide se cobre ou não determinado procedimento. A crise chegou ao âmbito privado e nos últimos tempos nem pagando o paciente recebe tratamento.
     Quando se tem conhecimento da legislação o cidadão ainda recorre aos órgãos competentes, como a Ouvidoria de Saúde e, ou, Ministério Público. Aí o que acontece é o encaminhamento de uma série de mandados de segurança obrigando o cumprimento das leis. Mesmo assim a grande maioria da população não sabe a quem recorrer e muito menos os direitos que lhes são garantidos.
     Contrário a esse contexto são as propagandas governistas, principalmente no exterior, ir a outro país e dizer que o SUS é o melhor plano de saúde público do mundo e que serve de modelo as outras nações. É de se concordar que no papel o SUS garante o atendimento e a manutenção da vida, mas seria necessário colocar o que está escrito para funcionar.
     Dizer que quem consegue atendimento pelo sistema fica satisfeito com tratamento recebido, não tem nada de inverdade. Bem verdade que o ex-presidente teve complicações de saúde durante uma viagem e foi tratado pelo SUS, ficou satisfeitíssimo.
     Se o ex-presidente é a prova de que o aparelho funciona, quem irá negar isso. O inegável nesta história, tirando o fato de não ter enfrentado fila e ter vários especialistas a sua disposição acompanhando seu quadro clinico, é que autoridade pública é recebida prontamente. Caso algum político tivesse a educação de esperar como todo mundo, quem sabe não seria diferente.




Texto: José Geraldo Faria, Luis Antônio Pereira e Daniel W. Ferreira.
Imagens Internet.










Um comentário:

Anônimo disse...

texto bacana, é preciso defender o SUS e a entrada do ministro é um risco para o controle social.